Battle Fever J é uma daquelas séries que não agrada pelo visual, não chama a atenção pelo tema abordado e muito menos desperta interesse por cenas do primeiro episódio, que normalmente são encontradas com mais facilidade, espalhadas pela internet. Atualmente, assistir algumas séries do passado que por algum motivo ainda não havia visto, seja por falta de tempo, preconceito, ou só por falta de vontade mesmo, tornou-se uma missão para mim, e Battle Fever J satisfatoriamente entrou nessa lista.
Aqui, quero ressaltar alguns pontos que acho interessante na série, porque mesmo ela sendo uma série do final da década de 70 e começo da década de 80, procurarei deixar bem claro alguns motivos para que você que ainda não viu a nenhum tokusatsu clássico, tenha vontade de conhecê-la. Então vamos lá
Battle Fever J é a terceira série da franquia Super Sentai. Foi uma cooprodução da Toei Company e da Marvel Comics, e teve um total de 52 episódios, exibidos pela TV Asahi entre 3 de fevereiro de 1979 e 26 de janeiro de 1980. Os integrantes da equipe possuem como codinomes os nomes de países de todo o mundo, respectivamente, também presentes em sua música-tema: Battle France, Battle Cossack ( União Soviética ), Battle Kenya , Miss America (Estados Unidos) e Battle Japan. Foi também a primeira série da franquia Super Sentai, em que os heróis tiveram como uma de suas armas principais um robô gigante. Ela também marca a primeira aparição de um membro utilizando a cor preta na franquia, e a unica a utilizar um membro na cor laranja, pelo menos até ToQger. A adaptação em Tokusatsu da Toei do Homem-Aranha, foi a primeira a introduzir este formato e também foi a inspiração para esta série. A série também foi, parcialmente, inspirada pelo personagem da Marvel Comics, Capitão América.
Battle Fever J foi a primeira série a usar o termo Super Sentai (ao contrário das duas anteriores que eram chamadas de Sentais, sem o "Super"), até a Toei anunciar em 1995, que seus predecessores Himitsu Sentai Gorenger e JAKQ Dengekitai também utilizariam o termo "Super", quando Choriki Sentai Ohranger foi anunciado como a 19ª equipe da Franquia.
Como disse antes, Battle Fever J não chama atenção por seu primeiro episodio e para te fazer desistir da série logo no início, eles literalmente dançam enquanto lutam, o que chega até ser engraçado (se essa for a intenção), porém, passando pelo primeiro episódio, a série se mostra uma ótima série com uma trama consistente, e sem o apelo visual que a tecnologia atual trás aos Super Sentais e Kamen Riders de hoje em dia, o que nos rende ótimas cenas, principalmente no que diz respeito a ação.
Na trama, o General Kurama reúne quatro jovens agentes que foram treinados ao redor do mundo. Eles se juntam à investigadora do FBI Diane Martin, cujo pai foi assassinado por Egos.
Durante as batalhas, a primeira "baixa" da equipe é Miss América (Diana), que deixa o grupo para viver com sua irmã adotiva nos Estados Unidos. Assim, assume seu posto a nova agente, também do FBI, Nagisa Maria. Até então, mesmo em cenas de ação, não havia muita participação da Miss América, enquanto Diana, mas com sua saída e entrada de Maria, as cenas com a Miss América, tanto transformada quanto em sua versão civíl, eram mais enfáticas e mais presentes na série.
Outra baixa que equipe sofre, agora por morte mesmo, é a do Battle Cossack(Kensaku Shiraishi). Este, depois de tentar salvar uma garotinha, morre nas mãos de Egos, sendo substituído por seu antigo parceiro de treinamento, atual cientista, Makoto Jin. Diferente de Kensaku, Jin é calado, e leva uns dois episodios para se integrar completamente a equipe.
Outra coisa bacana em Bettle Fever J, é a aparição do Battle Fever Robo, no episodio 05, mostrando cenas de ação muito bem feitas para época. Aqui, ainda temos a inserção de um estilo de cena que todos viam como uma novidade na franquia até ser utilizada exaustivamente em Gobuster, que é um ou dois integrantes controlando o mecha enquanto os outros, ainda em terra, lutam com os monstro em sua versão menor. Nesse ponto, ainda temos uma coisa que a série adotou que achei muito interessante, e que foi sendo abandonado nas séries subsequentes, que é o fato do monstro gigante atacar os herois sem parar mesmo quando o Robo já foi invocado, e não ficar esperando o robo aparecer para voltar a cena.
Algumas coisas que eu acho que a série peca, mesmo para moldes antigos, é o fato de não deixar claro se os inimigos sabem ou não as identidades secretas dos Fevers. Em alguns episodios eles estão lutando e atacando os personagens em suas formas civis e chamando-os de Battle Fevers, em outros estão montando uma trama toda para descobrir suas identidades. A série também peca, após mais ou menos o episodio 30, ao começar a reutilizar as cenas de ação já usadas em episodios anteriores. Sequencias inteiras de ação são reaproveitadas em diversos episodios, mas por incrível que pareça, ainda consegue manter a trama intacta. Falta também em Battle Fever, aquele clima de final de série, com episodios sendo sequenciados uns pelos outros. A série tem 52 episódios, e mesmo no episodio 50, você não sente que a série esta chegando ao seu climax.
De qualquer forma Battle Fever J, assim como Kamen Rider Gaim, foi uma série que eu deixei de ver por conta do visual e algumas cenas soltas que pegava pela internet, mas ao assistir, quebrei a cara, e me apaixonei pelo que vi.
Fica aqui então a minha dica para os expectadores do blog U-Rider. Assistam a série e comentem aqui embaixo o que acharam.
Fiquem com Deus e até a próxima.
By: Rodrigo Pereira
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