Dois dos maiores eventos de "Cultura Pop Oriental" no Brasil estão sob nova direção, a recém fundada Maru Division adquiriu as marcas Anime Friends e Ressaca Friends e desde dezembro de 2017 os eventos começaram a ser reformulados com a cara e a visão da empresa.
Entre os diferenciais que a Maru Division se propõe a mostrar está o esforço pra trazer empresas e marcas japonesas pro evento e consequentemente pro mercado brasileiro, durante uma entrevista coletiva para vários veículos que estavam cobrindo o evento, o diretor executivo da empresa e organizador do evento Diego Ragonha falou sobre o tema e uma das principais dificuldades: A pirataria.
"A gente vem de um mercado que não tinha acesso, não tinha acesso as licenças, ir ao Japão é muito custoso, trazer uma empresa japonesa é muito custoso. O faturamento dessas empresas no Brasil era muito pequeno então ela acabava saindo do Brasil, não compensava, então abriu margem pra se ter a pirataria.
A gente vem com uma busca de mudar isso, estamos cada dia mais buscando acabar com a pirataria nos eventos, vai ser uma realidade, ainda não é. Estamos na expectativa de conseguir tirar a pirataria e trazer empresas maiores do Japão pra apoiar o evento, pra pegar todo esse carinho que o público tem e transformar em qualidade pra eles, a gente ainda não chegou, mas tá no caminho de chegar."
E de fato, nota-se o esforço da empresa nesse sentido, a presença marcante da Tsuburaya no Anime Friends com show, filme, museu e merchandising foi impressionante, "repórteres oficiais" estão sendo trazidas pra cobrir o evento e mostrar pro Japão o que está sendo feito, como está sendo feito e o quão grande é, agências de talento japonesas importantes como a Horipro estão trazendo os artistas delas pro Brasil, e até mesmo a Toei Company autorizou a exposição e venda de artes originais do Katsushi Murakami. Sem contar é claro com Hatsune Miku, uma das óbvias campeãs do Japão quando o assunto é sucesso ou merchandising que teve seu show sendo realizado no Brasil.
A Maru Division está mudando não só a forma como os eventos de Cultura Pop Oriental são feitos no Brasil, mas a forma como eles são vistos no Japão, numa época onde produtores de Tokusatsu não conhecem o público (alô Shirakura-P) eles constroem essa ponte entre o fã brasileiro e as empresas japonesas, o esforço é válido e necessário, e o futuro parece promissor.
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